07/08/2019

Ninguém tem que saber

Tenho tanta coisa para dizer, no entanto as palavras não querem sair. Não sei por onde começar, qual o primeiro passo a dar e que caminho seguir a partir daí. 
Os dias misturam-se com as semanas e os meses. O tempo passa rápido demais, ou muito devagar. Hoje estou perdida, sombria, cinzenta como os dias de chuva que marcam este mês de agosto. Outros dias estou inteira, flutuante. 
Onde está a linha que separa estas duas pessoas? Onde está o interruptor que liga e desliga a melhor (ou pior) versão de mim?

Quando somos novos, achamos que quanto mais velhos formos mais vamos saber sobre a vida. Acreditamos que todas as respostas aparecem naturalmente e que as perguntas se dissipam no ar com cada meta que atingimos. Não podíamos estar mais errados.

Tenho 25 anos e sinto que cada dia que passa sei menos sobre quem sou. Cada dia tenho mais perguntas e menos respostas. Cada dia me perco um bocadinho mais. E sinto que nunca me vou encontrar. Por mais mudanças, por mais tentativas de olhar para o mundo de diferentes perspetivas, sei dentro de mim que nunca vou deixar de ser como sou. O bom é que já me tornei numa profissional a viver com esta personalidade.


Ninguém tem de saber que a miúda que bebe e sai todos os dias até às tantas às vezes sai a correr das discotecas porque tem ataques de pânico e fica horas a chorar no chão da cozinha. Ninguém tem que saber que a rapariga que é overachiever, trabalhadora, obcecada em evoluir na carreira, no fundo tem uma autoestima ao nível do chão e não acredita nas suas capacidades. Ninguém tem que saber que essa rapariga só chora quando está sozinha, porque tem que proteger pessoas que a deviam proteger a ela. Ninguém tem que saber porque eu não quero que me olhem assim.

26/02/2019

You do it to yourself.

Até que ponto é relevante estar aqui 3 anos depois? Até que ponto faz sentido tentar escrever quando sou uma pessoa tão diferente do que era quando partilhei os meus sentimentos aqui?
Li e reli isto. Tudo. De uma ponta a outra. E é inacreditável olhar para toda a mudança, tudo o que me moldou e tornou no que sou hoje. Tudo o que me fez amar e deixar de sentir, o que me fez chorar e não parar de rir.
Dói. Ver que perdi coisas que tão bem me fizeram. Olhar para o que sentia, para quem eu era quando estava "apaixonada". Dói. Porque acredito piamente que nunca vou voltar a ter essa inocência, nunca vou voltar a um estado que me permita amar e dar-me a 100%, porque já nem eu tenho esse previlégio.

Anyways. Já nem sem escrever. Mas estou viva. I guess...

16/03/2016

My triple threat boy

When I think about the past the first thing that comes to my mind is the way I felt after my heart was shattered in a million pieces. The way I felt like no one was ever gonna love me, like I would never love again. Like happiness was something I was unworthy of. I felt like my destiny was to spend the rest of my days searching for something, or someone, that I would never get back.
But then, after that, I remember feeling loved. And being in love. And feeling like my whole world was right again, full of colors, and joy, and plans and dreams. That was the feeling I thought nothing could ever overpass.

You know when people say that there will come a day in your life that will make you forget everything around you? That day came in a form of the most amazing boy I've ever met. It came slowly, unexpectedly, silently, and it wrapped me with a force I still cannot understand. He made me forget everything I had ever felt, he made me feel happy for the first time, blissfully happy. And that feeling overpassed everything. He changed my life in inexplicable ways.  He brought the fire to a world that was so cold, with the way his lips burn holes in my skin every time he kisses me. He gave me a purpose, well, he is my purpose.