27/03/2014

Write Carelessly Now (Wrecking my jornal)


Carta ao Primeiro (pela segunda vez)


Quero que saibas que foste o amor da minha vida. Que apesar de neste momento estar a sentir o perfume de outro, só penso no teu, e que quando ouço o teu nome é como se uma tempestade se formasse dentro de mim, mostrando uma vez mais a falta que me fazes. 
És a ultima pessoa em quem queria estar a pensar, mas a verdade é que ultimamente tens sido a primeira que me vem à cabeça. 
Espero que estejas feliz. Que ela te ame quase tanto quanto eu amei. Espero que ela te conheça, e te saiba, e te viva, como eu fiz. Que te compreenda e entenda as tuas manias, os teus jeitos, e que te sinta como eu senti. O olhar que fazias quando querias muito alguma coisa... A maneira como lambias os lábios antes de sussurrares algo romântico... As rugas que se formavam à volta do teu nariz quando te rias de alguma coisa sem piada... Espero que ela saiba isto. 
Espero, também, que ainda penses em mim. Que quando ouvires "Sweet Child O'Mine" eu seja a primeira pessoa a passar na tua mente. Que quando olhares para as paredes ainda te lembres dos quadros que lá estavam. E que quando te falarem em mim, te lembres do quando me amaste.
Gostava de te poder dizer tudo isto. Hoje. Agora. E gostava de ouvir o que tens para me dizer, se é que tens algo de todo. Gostava de saber se a amas mais do que a mim. Se ela te faz mais feliz do que foste comigo...
Existem pessoas que dizem que vou casar contigo. Isso dói de uma maneira impossível de explicar. Estou sozinha, solteira. Fui abandonada e enganada. E mesmo assim, não há nada que queira mais do que estar contigo.
Quero pedir-te desculpas, mais uma vez. Desculpa ter-te partido o coração, e ter deitado tudo a perder. Desculpa todas as vezes em que não te ouvi e não te respeitei. Desculpa nunca te ter agradecido. E nunca te ter dito que nunca te vou esquecer. Desculpa. Desculpa não te ter dito o quanto te amava vezes suficientes, e desculpa tudo o que aqui fica por dizer.
Agora, na rua, quando olho para os jovens casais lembro-me de nós. Duas crianças inocentes, a descobrir o amor, juntos. Sei, passados 6 anos, com toda a certeza, que foste o meu primeiro e único amor. Que te amei como nunca vou amar ninguém. Que, hoje, ainda dava a minha vida por ti. Que foste o único que me conheceu de verdade. Sei que parte de mim ainda dava tudo para te ter de volta.
Sei que só futuro sabe o que vai ser de nós.

Sempre Tua,
Joana

5 comentários:

  1. as tuas palavras simples e a simplicidade do que escreveste fez-me chorar.
    há amores que duram mais do que uma vida inteira... e este só pode ser um deles.

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  2. meu deus, que palavras simplesmente perfeitas! o primeiro amor é sempre aquele do qual nunca nos vamos esquecer!

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  3. Acabamos todos a dizer que não há um amor como o primeiro. Será?
    Acredito plenamente que não existem, a tua história é a prova disso, a vida troca-nos as voltas e devolvo-nos novos rumos mas ela é incapaz de apagar sentimentos. "Que te amei como nunca vou amar ninguém."
    Como te compreendo!
    Gostaria de usar esta tua carta no meu blog devidamente assinalada por ti se me o permitires!

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